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  • Foto do escritorJosely Chiarella

A difícil crise que o Brasil enfrenta na área da pesquisa



Nos anos 1980, houve grande investimento para formação de pesquisadores no Brasil. As bolsas eram suficientes para quem tinha capacidade e interesse, quem queria conseguia com relativa facilidade fazer um doutorado “sanduíche” (parte no Brasil e parte no exterior) e muitas vezes não retornava ao Brasil para fazer valer o investimento, mas isso era parte do jogo. Bons centros de pesquisa se estabeleceram em várias áreas e a partir do final dos anos 1990, se podia fazer um doutorado de qualidade no Brasil, as bolsas para o exterior foram ficando mais escassas. Tivemos um boom de investimento em pesquisa nos anos 2000, mas a crise a partir de 2014 reduziu gradativa e dramaticamente o dinheiro, tanto em bolsas como em projetos. Fizemos parte da lição de casa, mas agora um número significativo de laboratórios não tem verbas para dar seguimento aos projetos e manter os doutores e pós -doutores produzindo ciência. O dinheiro da ciência sempre foi um corte fácil, silencioso.


A saída é inovar, empreender, mas o Brasil está apenas começando nessa área. Isso irá necessitar um esforço hercúleo, nos falta esse DNA pois estamos acostumados com o “pai” estado como facilitador do processo. Existe um movimento grande descentralizado em todo o país, tirar um pouco o foco no Sudeste é muito importante, para criação de startups.


Algumas áreas como TI, dão resposta positivas mais rapidamente, já o que é “hard Science” necessita de muitos anos e muito investimento para consolidar. As estatísticas indicam que 8-9 startups entre 10 naufragam no meio do caminho, mas esse processo é fundamental, pois gera empregos e novas ideias que fazem mover a economia. Nossa legislação ainda tem que se aprimorar, o investidor de risco tem praticamente a mesma tributação que investimento com riscos reduzidos.  para que esse processo que avancemos mais rapidamente.

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