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  • Foto do escritorJosely Chiarella

O Brasil não é um país para principiantes......


Essa frase bastante famosa no Brasil é atribuída à Tom Jobim, o compositor da música internacionalmente conhecida “Garota de Ipanema”. Como artista, ele conseguiu definir muito bem o ambiente de negócios no Brasil.

Após um período de turbulência política e estagnação econômica com sucessivas quedas do PIB desde 2014, o PIB do Brasil cresceu 1% no ano passado. Com um do novo presidente eleito no cargo desde o início do ano, o Brasil tem mostrado maturidade para levar adiante reformas importantes que são essenciais para o promover o desenvolvimento econômico e melhorias sociais. A primeira reforma, recém aprovado, é a reforma da Previdência Social. Estão sendo estruturadas a reforma tributária; a privatização de empresas estatais; revisão e redução dos subsídios fiscais; a reforma administrativa, visando diminuição da burocracia; a autonomia do Banco Central; e a ampliação da liberdade comercial, com maior abertura internacional. Neste cenário a economista Regina Helena Couto Silva, especializada em análises setoriais, diz que “está na hora de tirar os projetos da gaveta pois estamos no momento da virada do clico econômico”(1).

O Brasil é um país de dimensões continentais, atrai negócios em diversas áreas pela grandiosa dimensão do seu mercado. Com quase 210 milhões de habitantes e um PIB de US$ 1,68 trilhões em 2018 e têm um tremendo potencial para desenvolvimento de mercado de todo tipo de produto nos mais distintos segmentos.

A área da saúde é extremamente ampla englobando desde medicamentos e matérias primas, equipamentos hospitalares, o setor diagnóstico e ainda insumos para pesquisa científica, dentre outros.

Os gastos de saúde no Brasil vêm aumentando ano após ano e atingiu recentemente 9,5% do PIB, sendo que deste montante 5,3% são gastos privados e 4,2% são gastos de origem pública (2). Os gastos públicos se destinam ao SUS – Sistema Único de Saúde, que garante acesso universal a todos os brasileiros a consultas, serviços de saúde e medicamentos sem cobranças adicionais aos usuários, no entanto uma parcela significativa da população, 23% tem acesso a planos de saúde privados como um sistema de saúde complementar que muitas vezes propicia acesso mais rápido e à procedimento e medicamentos seletivos.



O segmento diagnóstico movimentou, em 2017, R$ 9,41 bilhões, tendo realizado mais de 2 bilhões de exames. Deste total, cerca de 1,2 bilhões foram realizados pelo SUS e 817 milhões pelo sistema de saúde complementar, segundo dados da ABRAMED (3). O setor diagnóstico tem mostrado pungência nos últimos anos principalmente no setor privado, e conta com 8.300 laboratórios clínicos e mais de 9.100 estabelecimentos de exames com imagens, atualmente 70% das decisões médicas são baseadas nos exames diagnósticos.

A pesquisa científica no Brasil tem relevância internacional em algumas áreas de pesquisa específicas como por exemplo doenças tropicais, viroses emergentes e plantas geneticamente modificadas. Com um histórico de investimento de cerca de 1,3% do PIB em pesquisa nos últimos e após os cortes anunciados no início de 2019, o governo vem estimular as universidades com o anúncio de um novo programa, o FUTURE-SE. Este programa prevê a criação de um fundo gerido pelo MEC (Ministério de Educação e Cultura) com previsão de microcréditos para startups, e fomentará parcerias entre universidades e empresas, apoiando as parcerias público-privadas e a internacionalização da pesquisa.

Neste cenário favorável empresas estrangeiras procuram iniciar operações comerciais no Brasil, mas muitas vezes enfrentam dificuldades devido ao desconhecimento ou falta de orientação adequada.

O Brasil é o 3º país mais complexo para negócios segundo o ranking GBCI do grupo TMF. As questões regulatórias e fiscais do Brasil são bastante complexas, e muitas vezes é necessário conhecimento especializados para uma certa “tropicalização”, isto é, adequação das práticas vigentes em outros mercados à realidade do mercado brasileiro. Alguns desafios como a burocracia, o complexo sistema tributário, os elevados custos, a infraestrutura, a liberação alfandegária existentes no mercado brasileiro podem ser tratados com facilidade por especialistas no mercado nacional levando sugestões para que os parceiros implementem facilmente essa “tropicalização”, ou seja, adaptação das estratégias globais negócios previamente definidas pelas empresas estrangeiras para a realidade do Brasil.

O apoio adequado na identificação e solução do problema resulta em redução efetiva de tempo para início da operação no mercado, quer seja na efetiva identificação de parceiros locais, no posicionamento do produto, no cumprimento das exigências legais para início da operação e desenvolvimento do mercado.

O papel de uma empresa local com conhecimento do mercado, das questões regulatórias e fiscais pertinentes ao segmento, capaz de executar o planejamento do negócio assegurando a ética e atendendo ao compliance é fundamental para o êxito e tranquilidade na operação no Brasil garantindo os melhores resultados para os parceiros.

O Brasil tem uma população amável e hospitaleira por natureza, e empresas experientes de extremo profissionalismo capazes de guiar empresas internacionais a implementar seus negócios no Brasil dando total assistência às suas necessidades corporativas.



REFERÊNCIAS

2. Relatório Bradesco – Sistema de Saúde Privado – Janeiro, 2019.


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